COMENTÁRIOS DE DEUTERONÔMIO 22 - A MOÇA NÃO GRITOU

 

 Deuteronômio 22:24 - Bíblia

DEUTERONÔMIO 22:23 APEDREJAR A MOÇA QUE NÃO GRITOU?

Deuteronômio 22 [ACF]:23 - Quando houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na cidade, e se deitar com ela, 24 - Então trareis ambos à porta daquela cidade, e os apedrejareis, até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim tirarás o mal do meio de ti.   

Analisando texto e contexto encontra-se a seguinte situação, uma moça prometida em casamento (noiva) ou casada, com uma aliança e/ou compromisso de matrimonio com alguém.

Essa moça foi encontrada, flagrada, o vacilo e o desejo foi tão intenso a ponto de serem encontrados mantendo relação sexual, por mais de uma testemunha.

Deuteronômio 17 [ACF]:6 - Por boca de duas testemunhas, ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma só testemunha não morrerá.7 - As mãos das testemunhas serão primeiro contra ele, para matá-lo; e depois as mãos de todo o povo; assim tirarás o mal do meio de ti.

 Não se trata de um pecado oculto, semelhante ao do Rei Davi, mas, um pecado com pelo menos duas ou mais testemunhas, ou melhor, mais de uma pessoa viu, testemunhou os fatos. Não está firmada em boatos, fuxico falso testemunho ou coisa dessa natureza, mas de um fato concreto e constatado por mais de uma pessoa.

Deuteronômio 19 [ACF]:15 - Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato.

 

Ø  Se houver testemunho falso haverá penalidades:

Deuteronômio 19 [ACF]:18 - E os juízes inquirirão bem; e eis que, sendo a testemunha falsa, que testificou falsamente contra seu irmão,19 - Far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e assim tirarás o mal do meio de ti.

Se a acusação exigia a morte, morrerá no lugar de quem acusou de pecado de morte do mesmo modo. Em casos de acusação de adultério os acusados eram mortos a pedradas para não macular suas vestes, no caso de uma espada. As Testemunhas falsas a quais acusaram alguém de adultério eram mortas a pedradas.

v  O Fato da moça não gritar

Qualquer mulher de perfeito juízo e consciência percebe quando um homem está com segundas intenções ou é uma real ameaça. Ela é instruída a gritar antes do mal acontecer. Gritando as pessoas chegam e constatam a ameaça e toma m as devidas providências, afinal o ato nem foi consumado, vidas serão poupadas, mas as medidas cabíveis serão tomadas por causa de mais de uma testemunha que ouviu o grito da moça e vieram lhe socorrer.

O Fato da moça não gritar configura-se num ato consensual, de livre e espontânea vontade, de comum acordo, mutuo. 

A moça deve gritar antes do ato de abuso e ou durante pedindo ajuda, deixando claro para o agressor que não é de sua vontade. 

Neste caso a moça está traindo seu futuro esposo ou esposo, cometendo terrível mal, pois, se ela se interessar por outro homem, ela pode e deve chegar diante de seu esposo ou noivo, e declarar a intenção de não consumar o casamento ou de não continuar mais o casamento, para o marido é algo indecente, mas, isso lhe dá o direito de pedir carta de divórcio.

Deuteronômio 24 [ACF]:1 - Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.

O Divórcio era permitido para evitar o adultério e consequentemente a morte dos adúlteros.

 

v  E se a moça gritar?

Deuteronômio 22 [ACF]:25 - E se algum homem no campo achar uma moça desposada, e o homem a forçar, e se deitar com ela, então morrerá só o homem que se deitou com ela;26 - Porém à moça não farás nada. A moça não tem culpa de morte; porque, como o homem que se levanta contra o seu próximo, e lhe tira a vida, assim é este caso.27 - Pois a achou no campo; a moça desposada gritou, e não houve quem a livrasse. 

De certo, seus gritos foram ouvidos, e não houve tempo hábil para socorre-la do agressor, o estuprador agressor tem de ser morto. Pois, manteve relações sexuais com uma moça comprometida em casamento sabendo da possibilidade de ser morto e não temeu.

 

v  E se a mulher/moça não for casada?

Deuteronômio 22 [ACF]:28 - Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados,29 - Então o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinqüenta siclos de prata; e porquanto a humilhou, lhe será por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias.30 - Nenhum homem tomará a mulher de seu pai, nem descobrirá a nudez de seu pai.

A moça é virgem e não gritou, assim o ato foi consensual, descarta-se a possibilidade de sequestro, pois, em caso de sequestrar alguém em conformidade com a Lei de Moisés quem sequestra tem de ser morto.

Êxodo 21 [ACF]:16 - E quem raptar uma pessoa, e vender, ou for achado na sua mão, certamente será morto.

O Ato sexual entre ambos foi voluntario, a moça nem gritou para alguém lhe socorrer e impedir o ato. E foram apanhados el flagrantes por mais de uma pessoa, tamanho foi o vacilo, a negligencia e a entrega ao desejo carnal.

O Homem terá de pagar 50 siclos de prata para o pai da moça pois desonrou, a humilhou, quando deveria fazer as coisas com ordem e decência, pagará uma indenização por danos morais do valor de aproximadamente 2 meses e meio de trabalho.

O Casar-se a com ela, e somente poderá despedi-la com carta de divórcio se encontrar algo indecente nela. Se não achar graça aos seus olhos por recusa de prosseguir o casamento, ou coisa semelhante.

Deuteronômio 24 [ACF]:1 - Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.

§  50 Siclos corresponde a aproximadamente 2 meses e meio de trabalho no mínimo.

 

Conclusão:

Ao analisar textos e contextos entende-se perfeitamente que não é uma violação aos direitos da mulher, antes é uma afirmação, uma base, uma virtude da lei de Moisés em proteção a mulher, reconhecendo os direitos a sua integridade física.

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