FELIZ AQUELE QUE PEGAR EM TEUS FILHOS E DER COM ELES NAS PEDRAS???
Sl
137:9. Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras.
I.
A
Saudade da Terra Natal e das Benevolências do SENHOR
O Texto sagrado trata
de uma ocasião em que o povo de Jerusalém estava em cativeiro na Babilônia,
este povo estava com saudades de Sião e das benevolências do SENHOR Deus. Sl. 137: 1. JUNTO aos rios da Babilônia,
ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião. 2. Sobre os
salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas.
Os babilônios ouviam a
fama dos louvores em Jerusalém, que eram tocantes na alma e no espírito dos
ouvintes, e por motivo de escarnio ou carência solicitavam aos judeus para
cantar tais hinos, mas havia uma recusa.
Sl 137: 3. Pois lá aqueles que nos
levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os
alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião.4. Como cantaremos a
canção do Senhor em terra estranha?
II.
Promessas
de Restauração
Nesse salmo há uma prece,
invocando socorro ao SENHOR Deus, e nela contem promessas do Deus Eterno. Sl. 137: 5. Se eu me esquecer de ti, ó
Jerusalém, esqueça-se a minha direita da sua destreza. 6. Se me não lembrar de
ti, apegue-se-me a língua ao meu paladar; se não preferir Jerusalém à minha
maior alegria.
Os Edomitas foram um
dos povos que motivaram os Babilônios para “arrasar” com Jerusalém e seus
moradores. Sl 137: 7. Lembra-te, Senhor,
dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, que diziam: Descobri-a, descobri-a até
aos seus alicerces.
III.
Os
Requintes de Crueldade
Os requintes de maldade
e crueldade com que os Babilônios fizeram com o povo de Jerusalém foram indescritíveis
e dos mais diversos. Cito apenas 03:
1. O Desterro:
Arrancando de suas terras o povo e levando cativo causam pelos 03 impactos:
a) Sensação
de Impotência perante os inimigos
b) Sensação
de grande perda ocasionando profunda angustia (depressão) ao ficar distante da
terra natal contra sua própria vontade
c) Sensação
de Estranheza e dificuldade de adaptação a nova terra, onde residia um povo de língua
estranha e de cultura diferente.
2. Destruição da Cidade:
Queimaram os olivais, as videiras e todas as plantações que serviam de
sustento, além de destruírem casas, assaltarem os palácios, templos e as casas
dos mais ricos e poderosos da cidade. Colocando os senhores e poderosos na
condição de servidão, submetendo-os ao serviço escravo.
3. Morte de Inocentes e Indefesos:
Idosos foram mortos covardemente, mulheres gestantes tiveram seus ventres
rasgados ao fio da espada e tirado de seu interior as crianças na frente de
seus familiares, os doentes foram executados por não puderem andar até Babilônia.
Os poucos que resistiam eram mortos porque o número de soldados babilônios era
maior.
IV.
Clamor
de Justiça que ateus, céticos, agnósticos e outros atribuem a Deus como se ele
tivesse dito
“Feliz
aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras. (Sl. 137:9)
O Clamor por Justiça do
povo de Jerusalém foi confundido com a “Palavra de Deus”, ora, não foi Deus que
disse a famosa frase: “Feliz aquele que pegar em teus filhos e der
com eles nas pedras. (Sl. 137:9) Este era o clamor do povo de
Jerusalém, essa fala não pode e nem deve ser compreendida com a fala de Deus. O
Povo de Jerusalém clamava por vingança e justiça e nas suas preces foram
registradas as palavras que seguem abaixo:
Sl
137: 7. Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, que diziam:
Descobri-a, descobri-a até aos seus alicerces.
Sl
137: 8. Ah! Filha de Babilônia, que vais ser assolada; feliz aquele que te
retribuir o pago que tu nos pagaste a nós.
Sl
137:9. Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras.
Essa narrativa é do
povo de Jerusalém, eles estão invocando a Deus por justiça, e são eles, os
habitantes de Jerusalém, e mais precisamente o salmista possivelmente o profeta
Jeremias, pois Davi morreu muitos anos antes do Cativeiro, e o salmo foi
escrito por um salmista quando estava no cativeiro babilônico, por volta de 580
a.C. Então, é um ato de desonestidade intelectual, ou ignorância alegar que foi
Deus que disse ou que ordenou arrebentar crianças em rochas.
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