Jefferson critica procurador da República por frase sobre mensalão


Réu no processo, ex-deputado disse que Gurgel mistura assuntos para não se explicar

Do R7

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Um dos réus do processo do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) criticou nesta quinta-feira (10) as declarações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que se defendeu de insinuações sobre sua atuação no caso Cachoeira dizendo que quem o ataca “tem medo do mensalão”.

A conduta de Gurgel foi colocada sob suspeita depois que o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa falou à CPI do Cachoeira, na terça (8). Segundo parlamentares que acompanharam o depoimento, o policial disse que o inquérito da operação Vegas, que investigou os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira, foi entregue à PGR (Procuradoria-Geral da República) em setembro de 2009.

Alguns políticos questionaram, então, o fato de Gurgel não ter tomado providências naquele momento. Em resposta, ele atribuiu as insinuações sobre seu trabalho a pessoas que estão “morrendo de medo” do julgamento do mensalão, que pode ocorrer ainda neste ano no STF (Supremo Tribunal Federal).

— É compreensível que algumas pessoas que são ligadas a mensaleiros tenham essas posturas de querer atacar o procurador-geral e querer também atacar ministros do Supremo com aquela afirmação falsa de que eu estaria investigando quatro ministros do Supremo Tribunal Federal.

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Hoje, em um texto publicado em seu blog pessoal, Jefferson cobrou esclarecimentos de Gurgel e disse que o procurador mistura assuntos para não ter de se explicar.

“Como a defesa é o melhor ataque, em vez de defender suas ações, Gurgel atacou seus críticos, dizendo que as questões sobre a Vegas só foram levantadas como retaliação por antigos investigados do MPF e, principalmente, por pessoas que temem o julgamento do mensalão. Gurgel mistura para não ter que explicar”, escreveu o ex-deputado, que denunciou o escândalo do mensalão e foi cassado por quebra de decoro parlamentar.

Como representante do Ministério Público Federal, Roberto Gurgel pediu ao Supremo que condene 36 dos 38 réus do mensalão, entre eles o próprio Jefferson e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

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